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Filha de idoso que sobreviveu após 8 dias perdido em mata: “Sentia que ele estava vivo”

  José Arteiro, 82 anos, despareceu quando saiu para contemplar a mata e não conseguiu voltar. Parentes e bombeiros fizeram buscas por 8 dia...

 José Arteiro, 82 anos, despareceu quando saiu para contemplar a mata e não conseguiu voltar. Parentes e bombeiros fizeram buscas por 8 dias



Os filhos do pioneiro de Brasília José Arteiro Ribeiro, 82 anos, puderam respirar aliviados, após reencontrarem o pai nessa segunda-feira (19/6). O idoso estava desaparecido havia oito dias em uma mata, em Goiás. Kátia Ribeiro, uma dos 11 filhos do idoso, afirma que a localização do pai só foi possível porque a família não perdeu a esperança de achá-lo. “A gente sentia que ele estava vivo”, contou ao Metrópoles.

José tinha sido visto pela última vez, em 10 de junho último, no povoado de Assunção de Goiás (GO), após sair para “contemplar” a floresta. Contudo, o idoso não conseguiu mais sair da mata.

“Ele disse que foi admirá-la pela manhã, quando começou a caminhar, mas só percebeu que estava havia muito tempo ali quando escureceu”, contou Kátia. A família mora na área rural de Ceilândia, e o idoso teria ido pescar com os amigos no município goiano.

Nesse período em que esteve perdido, o idoso comeu casca de árvore e cupim. Para se hidratar, chegou a beber a própria urina. Porém, os parentes contaram que José Arteiro havia morado em região de mata, sabia caçar e era acostumado com esse tipo de ambiente.

A filha acrescentou que, no dia do desaparecimento, o pioneiro preferiu dormir do lado de fora da casa onde estava com os amigos, em uma rede. “Ainda pela manhã, quando os amigos acordaram, viram a rede enrolada, e ele tinha sumido”, contou Kátia.

O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) atuou nas buscas — que contaram com cães farejadores e drones com infravermelho —, mas encerrou os trabalhos após uma semana. Ainda assim, a família de João Arteiro não desistiu.

Quando chegou a Brasília, José Arteiro tinha 18 anos. Ele chegou à cidade em um caminhão pau-de-arara, para ajudar a construir a nova capital federal. Depois de resgatado nessa segunda-feira (19/6), o idoso foi medicado e levado para casa. A família do pioneiro informou que ele está bem e foi orientado a consultar um nefrologista, pois os rins teriam sofrido as principais consequências devido aos dias na floresta.

Diagnosticado com hipertensão, o pioneiro não sofreu grandes complicações decorrentes da doença, apesar de não ter tomado os remédios necessários no período. “Meu pai teve, também, três AVCs [acidentes vasculares cerebrais]. Estamos impressionados de que ele está bem”, completou Kátia.

Com informações da redação Metropoles

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