Edital do processo seletivo prevê 10% do total de vagas às policiais femininas. Grupo alega que número menor de candidatos homens alcançou...
Edital do processo seletivo prevê 10% do total de vagas às policiais femininas. Grupo alega que número menor de candidatos homens alcançou nota de corte, enquanto mais mulheres tiveram bom desempenho.
Candidatas à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) buscam a Justiça para que homens que não alcançaram a nota de corte não avancem no concurso. Elas defendem que as vagas sejam ampliadas para as mulheres com melhores notas.
O edital do processo seletivo prevê que apenas 10% do total de vagas sejam destinadas às policiais femininas, conforme lei federal (saiba mais abaixo). No entanto, segundo as mulheres, um número menor de candidatos homens do que o estipulado pelo edital alcançou a nota de corte, enquanto mais mulheres que tiveram bom desempenho não vão avançar, e sequer ter a redação corrigida.
Nesta segunda-feira (26), o grupo criou uma comissão e pediu ajuda aos deputados distritais na CLDF.
"Às vezes dá sensação de fracasso, a gente tenta, tenta, faz, abre mão de tanta coisa, abdica de tantas coisas e não consegue . Por isso a gente tá lutando por essa causa", diz a candidata Sâmela Kethelin.
O edital da PMDF prevê 630 vagas imediatas para soldado masculino, e 70 para soldado feminino. O cadastro reserva tem 1.260 vagas para homens e mais 140 para mulheres.
O comunicado também estabelece a cota de 10% para mulheres participarem da próxima fase do concurso, que é a correção das redações. Do total, 4.725 homens e 525 mulheres que alcançarem a nota de corte vão ter a redação corrigida.
Segundo o edital, o candidato deve ter aproveitamento de 60% da pontuação na prova objetiva ou 48 pontos para avança para o próxima etapa.
"Todas as meninas que tão aqui e as que não estão aqui, dentro das 400, a gente pede que a nossa redação seja corrigida e a gente seja levada para as próximas etapas do concurso pelo nosso mérito. A gente teve tanta dedicação quanto as outras pessoas, a gente abdicou de alguma coisa, a gente alcançou a nota mínima e a gente quer seguir no certame", diz a candidata Gabriela Oliveira.
As candidatas também questionam a Lei Federal 9.713/1998, que diz "que o efetivo de policiais militares femininos será de até dez por cento do efetivo de cada Quadro". No entanto, um parágrafo único ressalta que "caberá ao Comandante-Geral da Polícia Militar fixar, de acordo com o previsto no caput, o percentual ideal para cada concurso, conforme as necessidades da Corporação".
O que diz a banca examinadora
Procurado pela reportagem, o Instituto AOCP disse que o edital de abertura prevê linha de corte e não há previsão de alteração no quantitativo. "Portanto, será seguida a normativa prevista no documento, que rege todos os detalhes do certame. Lembramos que o Instituto AOCP é uma instituição prestadora de serviço, que organiza o concurso dentro dos critérios estabelecidos pelo órgão", diz a banca.
A Polícia Militar também foi procurada, mas, até a última atualização desta reportagem não havia se manifestado.
Com informações da redação G1
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