Onze criminosos foram alvos de uma megaoperação da Polícia Civil contra integrantes da facção paulista e um do Comando Vermelho. Agentes e...
Onze criminosos foram alvos de uma megaoperação da Polícia Civil contra integrantes da facção paulista e um do Comando Vermelho. Agentes encontram bilhete que tramava contra família de juíza
Transmissão de recados, imposição de ordens e cooptação de novos membros. Das cadeias do Distrito Federal, o Primeiro Comando da Capital (PCC) chefiava a prática de tráfico de drogas e roubos e ordenava homicídios de rivais e planejando sequestro de familiares de autoridades. Uma megaoperação desencadeada, ontem, pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) trouxe à tona a atuação da facção paulista no Distrito Federal e resultou na prisão de 11 integrantes da cúpula do PCC e de um do Comando Vermelho (CV).
As prisões fazem parte da segunda fase da operação Sicário. A primeira foi desencadeada em março e levou à cadeia Gabriel dos Santos Lima e Grasielly dos Santos. Gabriel é filho de Walter Pereira de Lima, atualmente preso na Penitenciária do DF 1 (PDF1), onde cumpre mais de 58 anos de pena por diversos crimes, entre eles organização criminosa, roubos, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Grasielly é casada com Walter.
Teria sido de Walter a ideia de recrutar o filho para o PCC, que, por sua vez, foi encarregado de aliciar e batizar novos membros para a facção. O pai ainda atribuiu outras ordens ao criminoso de atacar policiais e atear fogo nos ônibus da cidade. O objetivo era gerar pânico na cidade e atacar grupos rivais.
Todas essas ordens eram transmitidas pela mulher de Walter e também integrante do PCC. A polícia apurou que ela era responsável por passar os recados e demandas dos membros da facção detidos na Papuda para a "Sintonia Final" — da alta cúpula — da facção em São Paulo. Em um dos recados repassados ao filho, Walter orientava o filho a andar com "gente grande" e vender drogas em alta quantidade.
Walter Pereira era responsável por transmitir recados ao filho de dentro da cadeia
Walter também se envolveu na transmissão de recados ameaçadores a um delegado da PCDF e à juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP), Leila Cury. No manuscrito, ele ordenava o sequestro de um familiar da magistrada, na tentativa de coagi-la a expedir alvarás de soltura de internos.
"A investigação contou com o apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária/Seape, Polícias Penais do Distrito Federal e do Estado de Goiás, além da Vara de Execuções Penais. O enfrentamento às organizações criminosas exigiu o cumprimento de busca em celas, análise de teor de bilhetes compartilhados entre custodiados e a inclusão de lideranças negativas no regime disciplinar diferenciado", afirmou o delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito.
Com informações da redação Correio Braziliense
Nenhum comentário