Elisabete Tenreiro morreu esfaqueada por um aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro. Cerimônia começou às 8h no Cemitério do Araçá. Educ...
Elisabete Tenreiro morreu esfaqueada por um aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro. Cerimônia começou às 8h no Cemitério do Araçá. Educadora estava na escola desde o começo do ano e tinha a educação como uma missão.
O corpo da professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morta após ser esfaqueada por um aluno dentro da sala de aula, é velado nesta terça-feira no Cemitério do Araçá, na Zona Oeste da capital.
Durante a cerimônia, restrita aos amigos e familiares, alunos fizeram uma oração. Eles seguravam rosas brancas nas mãos.
O sepultamento está previsto para ocorrer às 12h.
Kellen Ketlen, de 17 anos, foi aluna de Elizabeth em uma outra escola em 2021 e 2022. A jovem é uma das pessoas que foram se despedir da professa nesta manhã.
"Ela era uma pessoa maravilhosa, não tem como não lembrar da Elizabeth sorrindo, dando aula alegre, dela chegando na sala já contagiando com aquele sorriso que ela tinha. Ela sempre falava para mim que ela estava fazendo o que ela realmente amava", disse Kellen Ketlen.
A educadora se aposentou como técnica do Instituto Adolfo Lutz em 2020, mas continuou dando aulas de ciências. Era professora desde 2015 e começou a atividade na escola Thomazia Montoro neste ano.
Segundo uma das filhas, ela tinha a educação como missão e era querida pelos alunos das escolas por onde passou.
"Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou."
Elisabete teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Ela era professora de Ciências e atuava na unidade desde o começo do ano.
Em nota, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) lamentou a morte da professora.
"Aos 71 anos, Elizabeth estava dentro da sala de aula, defendendo a ciência, porque acreditava na transformação pela educação. A violência que tirou a vida de Elizabeth precisa ser discutida em suas causas, para que possamos construir uma cultura de paz na sociedade e evitar crimes como este. Hoje é um dia de muita tristeza, especialmente para a família de Elizabeth, mas também para todos os cientistas e servidores que conviveram com ela, por décadas, no Instituto Adolfo Lutz, órgão do Estado responsável por análises laboratoriais e pelo diagnóstico de doenças".
Em nota, a Toma Maior informou que está "enlutada com a morte da Beth Moraes Barros, mais conhecida como Betinha, nesta segunda-feira (27/03/2023) após ocorrido na Escola Estadual Thomazia Montoro. Dona Beth, dedicou muitos momentos conosco, principalmente cuidando da nossa Ala das Crianças (atualmente ‘Tom do Futuro’)".
"Em seus últimos anos de vida, sempre com muita alegria e energia, a mesma estava presente conosco em nossa Velha Guarda. Toda solidariedade para amigos e aos familiares", continuou.
Da redação Por g1 e TV Globo — São Paulo
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